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- Leia todos os artigos do autor, clicando no link abaixo. Read all JB Xavier's articles. Click HERE. ________________________________________ COMPORTAMENTO E MODISMO JB Xavier
Um amigo, dono da consultoria que agencia meus cursos e palestras, me enviou um email me fazendo à seguinte pergunta:
Xavier, conhece essa metodologia?
“Como conseguir o equilíbrio interno em sintonia com o ambiente externo?”
E me enviou, junto com a pergunta, uma extensa entrevista com o criador do método, cujo nome nem vou citar para evitar polêmicas, mas que é mirabolante e novidadeiro o suficiente para impressionar o pessoal dos Dptos. de RH das empresas.
Respodi-lhe nos seguintes termos:
Amigo, vou responder à tua pergunta, respondendo a última pergunta da entrevista.
RH - Que conselhos o Sr. daria a quem busca o tão desejado equilíbrio interno em sintonia com o ambiente externo? J.B. Xavier - Evitando os modismos que buscam dar nomes novos e pomposos a ferramentas básicas existentes para o desenvolvimento da motivação humana. Desde Elton Mayo, que morreu em 1949 a Abraham Maslow, que morreu em 1970, pouco se acrescentou de novidades ao estudo da motivação. Infelizmente a obsolescência programada, que se vê no marketing em geral, mas é mais observável na indústria automobilística, chegou também às áreas das ciências humanas. Desenvolveu-se no meio empresarial - numa imitação do meio técnico - a busca pelo inusitado, e desde então métodos motivacionais se sucedem, multiplicando-se de maneira veloz, embaralhando ainda mais o já complexo jogo do comportamento humano. Novas "tecnologias" são desenvolvidas por "vanguardistas" do marketing comportamental, que numa temporada afirmam que sem a ferramenta "tal" as empresas não melhorarão seu desempenho, e noutra temporada afirmam que há outra "tecnologia" que torna a anterior obsoleta, como se as bases do comportamento humano fossem mutantes nessa escala.
O comportamento humano basal está depositado no mais profundo do cérebro humano. O córtex cerebral, Recente e ainda em desenvolvimento, que, numa redução analítica grosseira, pode-se dizer que abriga o desenvolvimento comportamental humano, é mutável, é verdade, sendo capaz de estabelecer novas trilhas neuronais que possibilitam sua adaptação ao mutante mundo em que atua. Esse mecanismo de acréscimo de informações, entretanto, não gravará definitivamente as informações recebidas, se estas não existirem por tempo suficiente. Nestes casos, o cérebro, que apesar dos mitos de que é ilimitado, possui sim limitações físicas de armazenamento de informações, vai eliminando essas informações passageiras à medida que elas não são mais utilizáveis, e vai guardando aquelas que realmente são utilizadas com freqüência, num esforço de repetição que automatize ações e economize energia.
Entretanto, a rotina que esta forma cerebral de armazenamento de informações cria, acaba por diminuir o efeito de algumas dessas informações, especialmente se elas dizem respeito à criatividade. Estou usando esta palavra no mais amplo sentido do termo, ou seja, inclusive a criatividade para a motivação.
A Pirâmide de Maslow praticamente encerra a pesquisa sobre os fatores basilares motivacionais. Mayo, antes de Maslow demonstrou claramente os efeitos do ambiente sobre a motivação. Então, o que temos atualmente são oportunistas criando nomes para antigas e consagradas técnicas motivacionais. E mais: Como esses modismos visam o lucro imediato - tanto por parte do "expert" que as aplica quanto das empresas que as consomem, via de regra, trabalha-se num nível superficial de "inputs" que está muito mais para adestramento que para mudanças.
Por exemplo: uma empresa contratará imediatamente esses "experts" e suas "tecnologias" mirabolantes, se a proposta atuar apenas da chefia intermediária para baixo. Se a proposta envolver toda área diretora,ela dificilmente será contratada. É óbvio que seja qual for o método motivacional que essas "teconologias" possuam, seus efeitos serão apenas temporários, porque, em essência, nada mudou. Então, depois de algum tempo, a empresa estará à procura do "expert" da vez que trará outra "tecnologia infalível" que garantirá o sucesso da empresa.
Provavelmente nada mudará novamente, mas a diretoria terá prestado contas aos colaboradores dizendo-lhes que está investindo em seu "capital humano" e o RH será elogiado por permanecer "up to dated" com as novas tecnologias das motivações humanas. E assim, nos finais de semana os diretores estarão em suas piscinas ou clubes comentando com os amigos o quanto sua empresa é interessada no desenvolvimento humano, e os colaboradores que ele administra estarão no barzinho da esquina comentando como a empresa gasta dinheiro inutilmente tentando mudar seu modo de pensar, enquanto mantém seu salário numa "miséria". E segue o baile até a chegada do novo "especialista" e seu método mágico.
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BEHAVIOR AND FADS JB Xavier
A friend of mine, who owns the consulting agency that my courses and lectures, sent me an email asking me this question:
Xavier, do you know this methodology?
"How to achieve inner balance in line with the external environment?"
And sent me, along with the question, an extensive interview with the creator of the method whose name I will not name to avoid controversy, but that is preposterous and newfangled enough to impress the staff of great companies.
I answer him as follow:
Friend, I'll answer your question, answering the last question of the interview you send me.
Company: - What advice would you give to those who seek the coveted inner balance in line with the external environment? JB Xavier - Avoiding fads that seek to put new and pompous names for basic tools available for the development of human motivation. Since Elton Mayo, who died in 1949 to Abraham Maslow, who died in 1970, little news, in essence, was said of the study of motivation. Unfortunately the planned obsolescence, which we can find in general marketing, but is more noticeable in the automobile industry, also came to the area of humanities. It developed in the business - in imitation of the technical means - the search for the unusual, and since then motivational methods are succeeding, multiplying so fast, shuffling the already complex game of human behavior. New "technologies" are developed by "vanguard" of behavioral marketing, who sometimes argue that without "that" tool the companies will not improve their performance, and sometimes say there is another "technology" that makes the old one obsolete, as the bases of human behavior were changing on the same speed. The basal human behavior is deposited in the deepest of the human brain. The cerebral cortex, recent and still developing, that a reduction in gross analytical, we can say that it is the house of the human behavioral development, is changeable, it is true, being able to establish new neural paths that enable its adaptation to the changing world in which it operates. This mechanism of increased of information, however, not record definitely the information received, if it were not there long enough. In these cases, the brain, despite the myths that is unlimited, has physical limitations of storage of information, and so, it will eliminate all transient information as they are no longer usable, and will keeping those who really are frequently used in a effort to automate repeated actions to save energy. However, the routine that this form of cerebral information store creates, reduce the effect of some of this information, especially if they relate to creativity. I'm using the word “Creativity” in the broadest sense, including the creativity for motivation. The Maslow’s Pyramid virtually ends the basic research on the motivational factors. Mayo, before Maslow, showed clearly the effects of environment on motivation. So what we have now are smarts opportunistic creating new names for old motivational techniques. And more: How these fashions aims immediate profit - both by the "expert" that applies it as companies who use it, almost always it works on a superficial level of inputs that is much more to training than to changes. For example, a company immediately hire these "experts" and their "technology" outlandish, if the proposed act only on the intermediate head down. If the proposal involves the whole director area, it is unlikely to be hired. It is obvious that whatever the method that these motivational "technology" hold, its effects will only be temporary, because in essence, nothing has changed. Then, after some time, the company will be seeking for a new "expert" that will bring another "infallible technology” that will ensure the success of the company. Probably nothing will change again, but the board will have been accountable to employees telling them that the company are investing in your human capital and HR will be praised for staying up-to-dated with the new technologies of human motivation. And so, on weekends the directors will be in their pools or clubs with friends commenting with his friends how your company is interested in human development, And the employees they manages will be at the bar on the corner talking about how the company spends money uselessly trying to change its way to think, while keeping his salary in a "misery". And so follows the game until the arrival of the new "expert" and his magic method.to motivate people. * * *
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 12/12/2009
Alterado em 06/04/2011
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