DIVINA MAGIA / DIVINE MAGIC
DIVINA MAGIA
J.B.Xavier
20-11-2010
Oh divindade, que governas dos homens o destino,
Porque insistes em me apresentar tuas maravilhas
Mantendo longe de mim as musas, tuas filhas
Enquanto caminho por teu mundo como sofrido peregrino?
Porque, quando me deixas ver não me permites ouvir,
Quando me permites ouvir não me permites ver,
Quando em tua soberana criação me deixas crer
E quando me deixas degustar, não me deixas sentir?
Oh supremo guia de nós, pobres e desorientados mortais,
A quem delegaste o poder sobre a própria sorte,
A quem permitiste superar a própria morte
Mas que em teus mistérios não nos permite o acesso, jamais...
Trago o espírito cansado, doem-me as buscas,
Enquanto acalento a esperança, à procura de tua porta entreaberta
Tentando conhecer-te em plenitude, na certeza mais incerta
Com que, enquanto sábia, com tua própria sabedoria me ofuscas?
Que queres de mim, oh Divindade? O que devo ainda te oferecer
Além das próprias limitações com as quais me criaste?
Por que em mim tanto confiaste
Se sabes que essas limitações trazem mais dúvidas que certezas a crer?
Aqui tens meus coração, repleto de perguntas perturbadoras...
E se são minhas certezas que queres, por que a dúvida me aplicas,
Se neste exame minucioso do que tu próprio significas
Caminho por entre mentiras santas e verdades reveladoras?
E assim caminho vergado pela busca, como cansado peregrino,
Mesmo quando me deixas degustar sem me deixar sentir,
E teus mistérios jamais me permites invadir...
Ainda assim, tua mágica me envolve no encantamento de um extasiado menino.
* * *
DIVINE MAGIC
JB Xavier
20-11-2010
Oh Divinity, who rules the destiny of men,
Why do you insist on introducing me thy wonders
Keeping me away from the muses, your daughters
While I walk by your world suffered as a pilgrim?
Why when you let me see I may not hear,
When you let me listen I may not see,
When in thy sovereign creation you let me believe
And when you let me taste, do not let me feel?
Oh supreme guide of us, poor and disoriented mortals,
To whom you delegated the power over their own fate,
Who can overcome death itself
But who in your mysteries not allows us to access, never...
I Bring the spirit tired, it hurts in me the searches,
While I cherish the hope, looking for your door ajar
Trying to know you in fullness, in the more uncertain certainty
With that as wise, with your own wisdom you blind me?
What do you want of me, oh Divinity? What should I offer you yet
Beyond their own limitations with which you create me?
Why so much you relied on me
If you know this limitations brings more questions than certainties to believe?
Here is my heart, full of disturbing questions...
And if you want my assurances, why the doubt you apply me,
If this scrutiny than yourself significantly from
I walk between holy lies and revealing truths?
And so I march, bent by the search, as weary pilgrim
Even when you let me taste without let me feel,
And your mystery I may never to penetrate...
Still your magic involves me in enchantment of an ecstatic boy.
* * *
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 01/12/2010