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ENSAIOS - Leia todos os ensaios do autor, clicando no link abaixo. Read all JB Xavier's analysis. Click HERE. _______________________________________________ A DOR, OS EXTREMOS E A CATARSE JB Xavier
Amigo, não me fale de uma área onde sou diplomado... rs. A dor, por incrível que pareça, é necessária. Ela é a exata medida de nossa felicidade. Só podemos ser felizes até o ponto em que fomos infelizes. Somente quem conheceu a extrema infelicidade é capaz de sentir a extrema alegria. Infelizes daqueles que nunca mergulharam numa dor profunda. Eles nunca saberão o que é a profunda alegria. Por mais que sejamos doutrinados a viver pelas médias, é nos extremos que reside a catarse. Somente a dor tem o poder necessário para produzi-la. Sem visitar os extremos não seríamos capazes de "trocar de pele", não seríamos capazes de decisões que reiniciam nossa vida. Todo oposto traz a semente de seu inverso, diz a filosofia oriental, e por isso deve ser evitado, segundo essa filosofia. Não sou filósofo, e tudo o que sei, é que quem já esteve à beira do limite conhece a sensação do vazio à frente, do ter que decidir sem parâmetros, que seguir sem bússolas, que tatear sem luz... Não há idioma capaz de verbalizar a sensação da perda do chão sob os pés, do não ter ninguém mais a recorrer do que a nós próprios, do que termos que ser, a um só tempo, o réu e o juiz de nós mesmos. Ao ultrapassarmos esta última etapa da dor – se a ultrapassarmos – estaremos num universo apaziguado, cuja geografia tampouco pode ser verbalizada. Então, despidos de todas as inutilidades que nos levaram até lá, num silêncio que, se soubermos interpretá-lo acabará por nos levar à sabedoria, estaremos finalmente restaurados ao ponto zero, aquele de onde fluem todas as coisas. Então, se sobrevivermos até este ponto, só nos restará caminharmos em direção ao deslumbramento e à alegria pelo próprio renascimento. * * * PAIN, EXTREME AND CATHARSIS JB Xavier
Friend, do not talk about an area where I am a graduate... (Smiling) The pain, oddly enough, is necessary. It is the exact measure of our happiness. We can be happy just until the point at which we were unhappy. Only those who experienced the extreme misfortune is able to feel the extreme joy. Woe be to him who have never dived in deep pain. They'll never know what the deep joy is. However much we are indoctrinated to live by the mean, it's in the extremes that lies the catharsis. Only the pain have the power needed to produce it. Without visiting the extremes we would not be able to "change our skin " we would not be able to come to a decision to resume our life. Every opposite have the seed of its contrary, says the eastern philosophy, and therefore should be avoided, according to this philosophy. I'm no a philosopher, and all I know is that anyone who has been on the verge of the limit, knows the feeling of emptiness ahead, the sensation to decide without parameters, to cross the darkness without a compass, to grope without light... There is no language capable of voicing the feeling of losing ground under the feet, or not having anyone to help us, unless ourselves, or to be, at the same time, the defendant and judge of ourselves. When we overcome this final stage of pain – if we get it – we’ll be in a neither pacify world whose geography nor can be verbalized. Then, stripped of all the useless stuff that got us there, hearing a silence that if we know interpret it, eventually will lead us to wisdom, we will finally be restored to zero point that one from which all things flow. So, if we survive to this point, we can only move toward becoming dazzled by the joy to rebirth once more. .
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JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 16/04/2011
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