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- Ouça os áudios de todos os poemas recitados, declamado pelo autor, clicando no link abaixo. Listen to audios of all poems, recited by the author. Click HERE. __________________________________________ ENQUANTO HOUVER UM SONHO JB Xavier Se não existe o mundo sem ti, que faço aqui, Ainda habitando o sonho? Que imaculado céu é esse que tampouco existe Mas pelo qual procuro ainda a estrela que se perdeu? Se a ilusão é a mais real das consistências, por que vivo Nessa imaginada realidade, perseguindo visões Cavalgando Pégasus, imitiando a Fênix, Enquanto me ombreio a Sísifo Em sua eterna tarefa de conseguir o impossível? E se a realidade em que vivo nada mais é que o sonho perdido, Porque quase te posso tocar, ainda que hoje sejas apenas uma ilusão? Por que a luz que me serve de guia nessa eterna escuridão Flui ainda de teus olhos, e tua voz ainda ecoa, Como sinos a dobrarem num intangível campanário? Ó deidades e eternos condenados, Que indolentes se banham nas águas do Aqueronte, Deixai-me ao menos que eu me transforme também nessa ilusão, Para que o sonho possa ser minha realidade, E eu, assim, repouse finalmente no barco de Caronte, Para que me conduza a Hades, Que há de selar meu destino com seu eterno silêncio Ao qual, há muito, já me condenaste... * * * WHILE THERE IS A DREAM JB Xavier If there is no world without you, What do I here, Still living the dream? Which spotless sky is this that does not exist either, But I still look the lost star in it? If the illusion is the consistency of real, why am I living In this imagined reality, chasing visions Riding Pegasus, imitating Phoenix, While I follow Sisyphus In his eternal task of achieving the impossible?
And if the reality I live is nothing more than a lost dream, Why can I almost touch you, even today you may be just an illusion? Why the light that serves me as a guide in this eternal darkness Still flows from your eyes and your voice still echoes, Like bells ringing from an intangible campanile?
Oh! deities and eternal convicted, That lazy bathe themselves in the waters of Acheron, Let me unless I also turn myself in this illusion, For the dream can be my reality, And I, therefore, rests ultimately on the boat of Charon, Who leads me to Hades, Who ends my destiny with his eternal silence To which, long since, you condemn me already ... * * *
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 22/04/2011
Alterado em 22/04/2011
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