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DUALIDADE JBXavier
Duas coisas a lembrar, sobre as quais teimei durante muito tempo com a vida e lhe dificultei bastante a tarefa de me demonstrar o óbvio:
1- Não existe pessoas completamente felizes, nem completamente infelizes. Na dualidade sobre a qual o Universo foi construído, estas cumprem também o papel que lhes cabe, o de se completarem mutuamente para que do Uno nasça a vida!
2- Ambas nunca estão completamente ausentes, nem completmente presentes. O que fazemos, no máximo e ignorar uma delas mais tempo do que ignoramos a outra, na esperança vã de que a ignorada, desapareça. Entretanto, por serem forças duais que buscam o equilíbrio entre si, elas tendem a estar presentes aproximadamente pelo mesmo período em nossas vidas, numa freqüência de alternância raramente sujeita ao nosso controle.
Em relação às obrigatoriedades práticas que temos, e que, pensamos, nos impede de sermos completamente felizes, vale lembrar que todos os potentados da inteligência universal, realizaram obras verdadeiramente inacreditáveis, quer pelo peso, quer pela abrangência, subordinando-se às mesmas regras que nos tange. A respeito, é útil a leitura de "Os Diálogos”, de Platão".
Quando uma pessoa constrói um jardim, seria, em tese, para que se sinta melhor em meio a uma pitada de natureza, que, inexplicavelmente, o homem tenta separar de seu próprio ser, como se não fosse, ele próprio, a quintessência dela. Entretanto, curiosamente, depois de algum tempo, ela já não olha mais para o jardim que construiu. Mas, a felicidade bem pode estar em falar com as rosas, como disse o grande Cartola, ou em acompanhar o trilho das formiguinhas e sua labuta incessante. Digo com isso, que em apenas alguns centímetros quadrados desse jardim, há motivos fortes para venerar a vida, e, portanto, para ser feliz. Entretanto, o que chama atenção e provavelmente decidirá o destino do jardim são suas plantas mais frondosas, as que, segundo nossa definição de estética, são as mais bonitas. Então, muito cuidado com a forma, porque ela escraviza e vicia. Pessoas evoluídas em espírito não se deixam enganar por ela, porque sabem que é no difícil, no feio e no demorado que estão os verdadeiros desafios a nós colocado pelo Senhor do Universo.
Estamos de tal forma manietados à forma, que geralmente subordinamos a ela quase tudo em nossa vida. A preocupação demasiada com a forma, nos leva a idéias pré-concebidas que constituem o último refúgio da mente racional. Devemos procurar, isto sim, soltar-nos em sutis ondas de pensamento, planando livres por sobre o cenário de nossas vidas. Temos que tentar esquecer alguns parâmetros de medição de nossas ações, que por exigirem demais de nós,nos levam às infelicidades. Temos que tentar não medir o imensurável, especialmente com as reles ferramentas da lógica de que dispomos.
Temos, finalmente, que aprender a convier com o dualismo da dúvida e não tentar por cabresto nas perguntas que surgem, nem nos inquietarmos, se elas fiarem sem respostas. A resposta para tudo é o bicho-papão das mentes limitadas.
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DUALITYJ B XavierTwo things to remember on which I insisted for a long time in my life and make it difficult to demonstrate me the obvious:
1 – There is no people completely happy or completely unhappy. In duality upon which the universe was constructed, they also fulfill their role, to complement one another so that from the One born life!
2 - Both are never completely absent nor completely present. What we use to do is, generally toignore one of them longer than we ignore the other, in the vain hope that the unknown one disappear. However, because they are dual forces that seek a balance between them, they tend to be present at approximately the same period in our lives, at a frequency of alternation rarely under our control.
With regard to mandatory practices that we’ve got, and that we believe keeps us to be completely happy, please note that all the potentates of universal intelligence, truly incredible work under the same rules we followed. It is helpful to read “Plato's dialogues.”
When a person builds a garden, it would be, in theory, to make feel better in the midst of a bit of nature, which, inexplicably, the man tries to separate of his own being, like if it is not, himself, the quintessence of it. However, interestingly, after a while, that person no longer looks to the garden she built. “But happiness sometimes is to talk to the roses”, as the great Brazilian composer Cartola said one day, or follow the trail of the ants and their ceaseless toil. I mean by this that in just a few square centimeters of this garden, there is strong reason to revere life, and therefore to be happy. However, what attracts attention and will probably decide the fate of the garden are the plants more leafy, the who, according to our definition of aesthetics, are the most beautiful. So very careful in the form, because it enslaves and addictive. People with developed in spirit are not fooled by it because they know that is the difficult, ugly and slow the real challenges that the Lord of the Universe put before us.
We are so enslaved by the form, that usually we subordinate to it that almost everything in our lives. The excessive concern with the form, leads us to preconceived ideas that constitute the last refuge of the rational mind. We should seek, rather, hold us in subtle waves of thought, free gliding over the landscape of our lives. We must try to forget some measuring parameters of our actions, which require too much of us, lead us to unhappiness. We try not to measure the immeasurable, especially with the paltry tools of logic we have.
Finally we must to learn to leave with the dualism of the doubt and not try to put an halter on the questions that arise, nor disturbs us, if they remain unanswered. The answer to everything is the hobgoblin of the limited minds.
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JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 19/08/2011
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