JB Xavier

Uma viagem ao mundo mágico das artes!  A journey into the magical world of  the arts!

Textos


Camille & Rodin
JB Xavier
 
Sofrendo por Rodin, Camille cria
o mito apavorante da medusa*
"La Danaide", no corpo que ele via
Camille - a mulher de quem abusa...
 
Amor a que ele não correspondia
trinta anos lhe custou como reclusa
loucura de um amor que a mataria
em louca solidão, mesmo que musa...
 
"L'Abandon" traz carícias e perdão
Rodin, Camille e Rose, lado a lado
Triângulo fatal vivido em dor...
 
"La Valse" fez ao próprio coração,  
"L'age Mur" foi seu grito congelado
mostrando à eternidade o seu amor...
 
* * *
 
* "Perseu e a Górgona" foi uma das mais contundentes manifestações de
Camille para expressar sua infelicidade diante da infidelidade de Rodin. 
Nesta escultura ela esculpiu assas pisoteadas, numa clara alusão à prisão
do amor doentio em que vivia.
 
"La Danaide" Escultura de Rodin que teve como modelo a própria Camille.
 
"L'Abandon" que foi a sua versão para a escultura "O beijo", de Rodin,mostra
bem que ambos eram gigantes da arte escultórica.
 
"La Valse" foi sua obra prima de sensibilidade e amor. Claude Debussy teve esta
escultura sobre sua lareira até sua morte.  
 
"L' age Mur" foi seu grito final de desespero, quando representa a si própria, de joelhos, implorando para que fique, o homem que dela se afasta - seu grande amor
Rodin. 
 
Camille Claudell nasceu na França, na cidade de Fère-en-Radenoise, aos 8 de dezembro de 1864.É irmã do famoso escritor Paul Claudell. Aos 17 anos, desejando ser escultora, mudou-se para Paris, onde conheceu Rodin - 24 anos mais velho que ela. Ela acabou por tornar-se sua amante, apesar de Rodin nunca ter encerrado seu caso com Rose, vivendo portanto, num mortífero triângulo amoroso que fez de Camille uma artista sofrida que representava em suas obras toda a sua dor. Menos conhecida que o mestre, Camille entretanto, em muitos momentos, emparelhava-se a ele em talento e criatividade e é uma das grandes escultoras da história deste gênero de arte.    
 
Com Rodin ela passaria todos os seus anos produtivos numa relação de amor e ódio, onde um se nutria da arte do outro.
 
Sua última escutura também foi auto biográfica: Em "Níobe Blesée" ela representou Níobe morrendo trespassada por uma flecha, conforme o mito grego.
 
Seu extremo sofrimento ao lado de Rodin, a levaram a comportamento instável e esquizofrênico, o que levou sua mãe a interná-la, em 1906 no hospício de Montdeverges, onde permaneceu até sua morte, 27 danos depois,em 19 de outubro de 1943. 
 
Durante todo esse tempo, em que sofreu tratamentos medíocres, frio, maus tratos alimentação
deficiente, ela manteve-se lúcida, como demonstra a troca de correspondência com seu irmão famoso.
 

Desta tragédia, ficou seu nome indelevelmente ligado ao de Auguste Rodin, que foi seu mestre, ídolo, amor, amante e perdição final.

* * *

JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 19/05/2012


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