DOCE VENENO
JB Xavier
...e de repente desaba sobre mim
O silêncio de todos os ruídos,
A ausência de toda a tua presença,
A saudade de teu esquecimento
A magia de um mago extenuado...
...e sigo cansado,
Tateando na claridade excessiva,
Com a vara de condão desencantada,
Ouvindo a quietude da algazarra
Que teus gritos produzem em meus silêncios...
...e prossigo, pés feridos,
Na aspereza do veludo de meus caminhos
Bebendo o doce veneno do passado
Que ainda me mantém vivo, embora envenenado,
E sigo assim, nas inquietações de minha frágil paz...
...mas paro, às vezes,
embrutecido pela beleza da paisagem,
e durmo sob as estrelas, na maciez de alguns rochedos,
e nelas vejo tua imagem,
com a qual me visto de coragem e exorcizo meus medos...
* * *
SWEET POISON
JB Xavier
... and suddenly collapses on me
The silence from all the noise,
The absence of all thy presence,
The longing of your forgetting
The magic of an exhausted wizard...
…and I keep following, tired
Groping in excessive light,
With the wand disenchanted
Listening to the stillness of the clamor
That your screams produce in my silences...
…but I keep walking... with footsore,
in the roughness of the velvet of my ways
Drinking the sweet poison of the my past
That still keeps me alive, although poisoned,
And so I follow in the concerns of my fragile peace...
…but sometimes I stop
besotted by the beauty of the landscape,
and then I sleep under the stars, in the softness of some rocks,
and I can see your image reflect in them,
with which I build my courage and exorcise my fears...
***
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 28/04/2013