QUANDO  ME TROUXESTE A ETERNIDADE
J.B.Xavier

Chegaste quando chegaste, e vinhas em plenitude e alegria,
Caminhavas como anjos, flutuando sobre minha adversidade,
Chegaste como se me trouxesses a eternidade,
E transformaste em meu primeiro dia de vida verdadeira, aquele dia...

Chegaste mansamente, como o rio que desliza entre os rochedos,
Vieste como um cântico sutil, uma brisa serena e melodiosa,
Como dádiva, como água cristalina, purificando minha alma desditosa,
E me trouxeste coragem, expulsando de mim todos os medos.

Chegaste como a gaivota errante, em silêncio e mansamente,
E  pousaste em minhas aspirações, meus sonhos e meus tormentos,
E como sombra protetora, me trouxeste meus melhores momentos,
E e me fizeste compreender o que significa “eternamente”...

Chegaste sem fazer ruído, sem que tua presença eu sequer notasse,
Sem que eu jamais soubesse de que me transformarias a alma,
Ou suspeitasse de que serias a fonte de minha apaziguante calma,
E falaste em silêncio à minha alma, antes até que eu te escutasse...

Chegaste quando chegaste, sem anúncios tolos ou prévios avisos,
Caminhando como anjos, flutuando em meus desolados universos,
E em silêncio foste pouco a pouco desvendando meus tristes versos
E me conduzindo aos portais dos teus sublimes paraísos...

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JB Xavier