![Pode ser uma imagem de praia, água e horizonte](https://scontent.fcgh9-1.fna.fbcdn.net/v/t39.30808-6/435763909_7869238573109360_5101507792669457352_n.jpg?stp=dst-jpg_p526x296&_nc_cat=101&ccb=1-7&_nc_sid=5f2048&_nc_eui2=AeHVaJ832yW7SRu2h4xElYMiTOw62i7FcARM7DraLsVwBHGf_9OBLfN4PdV__QOVLWw0IXUrv6AxKFp51BLC6kCw&_nc_ohc=7BHAIELNa58Ab6Zl64n&_nc_ht=scontent.fcgh9-1.fna&oh=00_AfCt2cHMfbPK9QVevvWsDR2jUp51cyzIUGiFhtlzgmzxlA&oe=6621C435)
TRAVESSIA – O DESPERTAR DA LUZ!
JB Xavier
Caminho lentamente
Dobrando sonhos limitantes
E recolocando-os no embornal
Caminho com os olhos postos no horizonte
Onde o desabrochar da esperança
Transforma meu olhar
Num novo ciclo de renascimentos
Observo a superfície
Do oceano do Universo
E percebo minha dor
Ainda ralhando com meus próprios sonhos
E me impedindo de sonhar
Sigo em busca de apascentar meus excessos
De empreender regressos
Das viagens insanas que cometi
A placidez espelhada deste oceano
Não denuncia os desafios
Nem me mostra os refluentes rios
Que nele desaguam
Trazendo de longínquas eras
Sonhos, aventuras, mágoas, alegrias e quimeras
E pela fímbria acariciante das águas sigo eu
Ainda a amealhar sonhos
Ainda sob a renitente cadência
Do pulsar do coração
Ainda carregando a comoção
De tentar compreender minha viagem,
O sentido da estiagem
Que se apossou da natureza de meu ser
Anseio por um amanhecer
Pela luz de uma fagulha luminescente
Que restabeleça meu contato com o divino
Ainda que essa divindade que me habita
Tenha sido proscrita
De minha existência...
Ainda assim
Resta um coração pulsante
Esperando em sua eterna cadência...