OFERENDA DE AMOR
OFERENDA DE AMOR
J.B.Xavier
Que voz é essa que me entorpece os sentidos
E qual brisa de verão refresca meus sonhos ressequidos?
Que visão paradisíaca é essa que me acorda na longa madrugada,
E que fluindo sobre mim, me reinstala a vida, me entende e me traduz
Me incendeia, me chama de volta a vida, e qual farol reluz
Na longa noite de silêncio de minha estrada?
Que lampejos são esses que me afastam do abismo,
E que sem me pedir licença, sem meias verdades, sem eufemismo
Conspiram para minha salvação?
Que são esses cantos, esse manancial da mais pura felicidade
Que me acompanha ao longo do caminho, tem gosto de eternidade,
E insiste em invadir meu coração?
Que alforria é essa que meu coração desfruta,
Fazendo da liberdade o significado maior de minha luta?
Que doces acalantos me embalam; em hinos, afastando-me da dor,
De quem é a voz que tão docemente me chama,
e que acima de qualquer coisa, acima dela mesma, me ama?
Que são, senão tuas oferendas, nas quais me dedicas todo o teu amor?
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JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 18/03/2008