Já publiquei aqui que certa vez fiz parte de um grupo de estudos que tentava traçar um painel da realidade brasileira em suas populações de baixa renda e de como, em certa casa humilde, acabamos aprendendo a fazer um refogado à mineira. (ver REFOGADO À MINEIRA)

Pois voltamos ao local do acontecido logo depois do feriado de 7 de setembro, e falamos com a senhora que nos ensinou a fazer o dito, e ela nos contou que quando soube que iríamos visitá-la novamente, tentou fazer outra receita para nos ensinar, mas pediu desculpas, porque desta vez ela não acertou muito bem e quase se machuca. Eis o que gravei do relato dela do "quase acidente".



"Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate pra fazer uma macarronada com galinhassada.

Quascaí de susto, quandoví um barui vinde dendoforno, parecenum tidiguerra.

A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinha ispludiu!
Nossinhora!

Fiquei branca quinein um lidileite. Foi um trem doidimais!
Quascaí dendapia!

Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotô. Oiprocevê quelocura!

Grazadeus ninguém simaxucô! "

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